Em 27 de julho de 2011 fez cinco anos que meu pai “virou estrelinha”, como diz minha sobrinha de (quase) três anos.
Pra mim o Dia dos Pais já não tem mais aquele significado...afinal não tenho mais como dar um abraço nele, e dizer que ele é o melhor pai do mundo. Mas ele vive em mim, pra sempre.
Sabe que eu estava ontem mesmo pensando nisso, de que a morte não existe. E quando digo isso não é da boca pra fora...porque as pessoas podem não estar fisicamente conosco, mas estão sempre conosco, dentro de nós, tanto na memória, na emoção, no coração, atos, palavras, gestos, entonação, nas características físicas...tudo! E mais cedo ou mais tarde, nós nos encontramos de novo!
Claro que tenho saudade, mas o vejo em mim o tempo inteiro. INTEIRO! Nas mãos, no jeito, na ideologia, no meu senso de humor, quando manobro o carro...ah são tantas coisas que ele me ensinou e nem ficou sabendo que aprendi com ele.
Ele me viu dirigir tão poucas vezes (acho que só uma) e mal sabe ele (ele deve saber...) que aprendi a manobrar o carro com ele, mesmo sem nunca ele ter me ensinado isso diretamente.
Me ensinou princípios que eu acredito que são os mais importantes da vida MESMO. Honestidade, autenticidade, amor, senso de humor...me acho muito parecida com ele.
E por isso nós brigávamos tanto, rsrs, a gente sempre foi igual. Claro que a grande maioria das brigas era por infantilidade minha, e depois de um tempo, quando compreendi que era por isso, me perdoei. Não fico me martirizando. Até porque amadureci e mudei isso. Aprendi a não brigar por besteira, pois isso é perda de tempo.
É...acho que era aí onde eu queria chegar: perda de tempo. Use o tempo com coisas boas, sentimentos bons, demonstrações de carinho àqueles que você gosta.
Não perca tempo brigando, discutindo, tentando mudar o pensamento do outro, querendo abrir a cabeça dele à pé-de-cabra pra enfiar as suas idéias lá. Não vale a pena.
A gente pode escolher entre falar e calar, não é mesmo? Então opte pela melhor convivência, pois a gente nunca sabe o que pode acontecer.
Se o outro for um idiota (pois isso também é uma possibilidade) não seja você outro idiota, caindo no jogo dele e piorando tudo. Cale. Pelo menos não é você que vai curtir arrependimento por ter agido mal.
Meu pai não era um santo, não era perfeito, mas definitivamente teve muito mais qualidades do que defeitos.
Você que pode dar um abraço no seu pai hoje, dê. Mas amanhã abrace de novo, não só hoje, porque é “dia dos pais”. Todos os dias, e não perca a chance de dizer coisas boas pra ele. Diga “obrigado por ser meu pai e me ensinar tanta coisa”. Mesmo que ele tenha te ensinado como “não fazer”, caso ele tenha errado muito...
Meu pai também me deu exemplo de como ‘não ser’ e ‘não fazer’. Sou grata a isso também.
Talvez dar presente seja meio bobo, como se fosse uma obrigação. Não adianta dar um presente e ser um idiota com a pessoa. Vale muito mais o que vem do coração.
E, também não adianta estar só no coração e não demonstrar. Demonstre. Não se sinta idiota de demonstrar que gosta de alguém. Idiota é quem deixa de fazer coisas boas. Isso me lembrou uma frase de Hey Jude =) e finalizo esse post com ela:
“For well you know that it's a fool
Who plays it cool
By making his world a little colder”
Who plays it cool
By making his world a little colder”
<3
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